sexta-feira, 18 de abril de 2014

Deus

  Se imagine pobre, sem família, sem dinheiro, sem amor, sem esperança, vivendo num barraco, tendo impostos com o governo, sendo oprimido o tempo todo, estando arrependido por algo, amando sem ser correspondido, escrevendo e nada sendo lido, contar piada e não receber nenhum riso, se olhar no espelho sem se achar bonito. Se imagine totalmente infeliz, jogado no chão, sem muitos motivos pra continuar, doente ou talvez saudável demais, não tendo pra quem desabafar, chorando sozinho, sem poder falar, sendo ignorado, sendo aprisionado, sendo deixado de lado.
  E com todos problemas possíveis, continuar deitado, não levantar de pé para fazer algo, tentar resolver. Você fica parado, e na sua pequena cabeça com todos os grandes pensamentos você pensa "Deus resolva para mim".
  E se não tiver Deus? E se ninguém poder resolver os seus problemas? E se você soubesse disso?
Continuaria no chão parado?

Quem sou eu?

  Provavelmente eu deveria estar me apresentando. Falando meu nome ou minha idade, e de alguma forma entretendo qualquer um que esteja lendo ou lerá um dia. Contando as situações que eu passei, dando motivos pra eu ter criado esse blog, e sem dúvidas, usando uma ortografia maravilhosa. Como todos os outros.
  Mas e se eu não fizesse nada disso? Você perderia o interesse? Você me acharia fria ou grossa? Por eu não ter me apresentado como todos os outros? Por não ter compartilhado situações? Por ser diferente?
  Ok, então aí vai:
  Provável que me coloquem o rótulo de típica adolescente revoltada com discursos sem noção e cabeça anarquista sem razão. Como todas as outras que cismam em fazer diferença mas mal conseguem escrever em sua língua nativa (no caso, português). Bom, talvez eu seja esse "tipo" de gente, já que, de forma ou de outra, seremos rotulados da mesma forma. E aliás, nem acho que esse blog vai durar. A chance de um blog (ainda mais blogspot) ser lido por alguém é quase nula.
  Não quero ter uma identidade aqui, se for para me esquecerem que esqueçam dos meus textos e não da minha identidade. Prefiro que me esqueçam sem me conhecer do que me esquecer sabendo quem eu era. Bom, de alguma forma vocês vão saber quem eu fui, mas só lendo algo que eu tenha escrito e não por olhar minha biografia minuscula no blogger.
  E se você leu isso até o final, é porque talvez tenha ficado com a mínima curiosidade, então, só tenho um recado: Se você quer saber quem eu sou, não vou te dar na mão todas as repostas. Ponha a sua cabeça para funcionar e comece a cumprir seus objetivos por conta própria.
  Posso não ser a melhor escritora, talvez bem confusa, mudo de opinião e objetivo a cada frase, e talvez até meio dramática, isso é o aparente. Mas todo livro tem um conteúdo, não importa quantas vezes o assunto muda.
  Então. Quem sou eu?
  Estamos apenas começando.